quarta-feira, 11 de abril de 2012



Debate 2

Minhas reflexões sobre o texto de Suely Amaral Melo:
O Processo de aquisição da escrita
na educação infantil
Contribuições de Vygotsky


      Ao analisar o texto sobre o processo de aquisição da escrita de Suely Amaral Melo, podemos encontrar muitos argumentos que mostram que o que se tem feito na educação infantil e no ensino fundamental tem se tornado ultrapassado diante de tantos conhecimentos novos. É através de pesquisas e estudos baseados nas teorias de Vygotsky que podemos compreender que o desenvolvimento da criança é constituído por fases e é preciso respeitar tais fases dando a criança oportunidades de desenvolvimento.
      A partir do momento em que entramos em contato com esses novos conhecimentos passamos a reavaliar nossas práticas pedagógicas e percebemos então, que ao ensinar, estamos fazendo isso de maneira automática e levando nossos alunos a também aprenderem a escrita de forma automática, ou seja, a criança aprende a escrever sem entender o que escreveu e para que escreveu.
      Outro ponto extremamente importante que a autora nos trás é o fato de estarmos antecipando já na educação infantil a escolarização da criança, fazendo com que ela entre em contato muito cedo com as práticas mecânicas da escrita, sem levar em conta que nessa fase a criança deveria estar brincando.
      Existem diferentes tipos de linguagens e as brincadeiras, os gestos, as atitudes, as atividades de livre expressão e etc. são tipos de linguagens que antecedem a aquisição da escrita. Atividades como, desenho, pintura, teatro de fantoches, música, jogos, modelagem, brincar de faz-de-conta, dança, contar e reproduzir historinhas são essenciais para a formação da identidade, da inteligência e da personalidade da criança. No entanto, em algumas instituições essas atividades vêm perdendo espaço na educação infantil, quando na verdade, elas deveriam estender-se até o ensino fundamental.
      Nota-se a importância de realizar as atividades da educação infantil também no ensino fundamental, porém para que isso aconteça é preciso que haja uma mudança nas mentalidades dos pais e até mesmo professores, pois alguns acreditam que tais atividades são inúteis e que o mais importante é que a criança entre em contato com o modo sistemático da escrita de maneira precoce, porém, quando falamos em educação infantil e ensino fundamental não podemos esquecer dos processos de desenvolvimento da criança e também não ignorar suas fases.
      Como citei acima, quando falamos em educação infantil e ensino fundamental precisamos conhecer e respeitar as fases do desenvolvimento da criança e não há como abordar esse assunto sem pensar sobre as concepções de Vygotsky. Esse  autor trouxe grandes contribuições para a área educacional e é baseada em suas teorias que a autora faz sua crítica ao processo de aquisição da escrita. Vygotsky nos mostra que o conhecimento que adquirimos é proveniente das relações que estabelecemos com o outro. Nós nascemos com as nossas funções biológicas básicas e é a partir dessas relações com outros indivíduos que nos tornamos seres sociais, ou seja, passamos a fazer parte de um “grupo”.
      A escola deve oferecer oportunidades para que a criança sinta-se parte desse grupo, promovendo a interação entre as crianças e é através dessas interações e relações que entram atividades como  brincadeiras, jogos o faz-de-conta, pintura e etc. Tais atividades devem ser mediadas pelo professor, pois, elas precisam ter propósitos e ensinar valores, por exemplo, ao contar uma historinha o professor pode ensinar a criança que mentir e desobedecer pode trazer conseqüências ruins. Os jogos podem ensinar a criança que existem regras que ela deve seguir, além disso, ela deve esperar a sua vez, e entender que nem sempre se pode ganhar.
   Sendo assim, chego a conclusão de que ensinar a escrita sem fazer uma reflexão crítica é reproduzir os valores da cultura da dominação, pois ensinar, implica em repassar valores. Esse é um dos nossos desafios, criticar e colocar em prática tudo o que aprendemos com teóricos como Vygotsky e tantos outros. Outro desafio é olhar a escola como espaço fundamental para impulsionar e estimular de maneira saudável o desenvolvimento dos conhecimentos ainda não assimilados pelas crianças. Nós, enquanto futuros devemos buscar elementos que nos ajudem a compreender o processo e as condições de apropriação da escrita, além de estar atentos ás práticas pedagógicas e assim não reproduzir a forma mecânica como é apresentada a escrita ás crianças.
   
Diferentes tipos de linguagens:

A dança e a música estimulam a percepção e desenvolve a sensibilidade, o raciocínio, a concentração, a memória a coordenação motora etc.


Foto retirada da internet

O desenho e o faz-de-conta antecedem a aquisição da escrita 

É através do desenho das coisas que a criança desloca-se para o desenho das palavras. Essa transição deve ser feita de maneira natural e após esse entendimento aperfeiçoar o método da escrita



Foto retirada da internet

O faz de conta faz com que a criança desenvolva a sua imaginação e aprenda a pensar e ser criativo


Foto retirada da internet

Ao ouvir uma história a criança imagina a situação, como se estivesse lá. Em seu pensamento ela faz uma imagem mental dos personagens. Isso faz com que a criança desenvolva seu raciocínio crítico, podendo tomar cerotos exemplos em seu dia a dia.


Foto retirada da internet

O conhecimento que adquirimos é proveniente das relações que estabelecemos com os outros indivíduos.


Foto retirada da internet

Alguns exemplos:

Podemos pedir aos alunos que eles mesmos confeccionem
 pastas com o material que eles tem em casa e que coloquem seus desenhos dentro delas e assim promover uma exposição de desenhos para que eles possam mostrar a toda turma.



Pedir para que os alunos tragam fotos de casa (com a autorização de seus pais) e em seguida façam desenhos deles mesmos dizendo como eles são, o que gostam de comer, qual a sua brincadeira predileta etc.  




 Podemos confeccionar bonecos com jornais e retalhos e contar historinhas usando os fantoches que eles mesmos fizeram com suas mãos.



      É importante deixar claro que esses exemplos de atividades não podem ser realizadas com o intuito de saber quem  desempenha melhor aquilo que o professor propõe, mas sim, dar oportunidade para que a criança possa se desenvolver e se expressar de maneira livre.











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