segunda-feira, 26 de março de 2012

O caderno


Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a bá
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa a montanha
Duas nuvens no céu
E um Sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se o seu pranto molhar o papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando subirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer...
Só peço á você
Um favor se puder
Não me esqueça num canto qualquer...
(Toquinho)


Imagem  retirada da internet


      Essa música com certeza fez parte da nossa infância, pois descreve de uma maneira muito simples e verdadeira, as fases pelas quais passamos, Infância juventude e porque não a vida inteira?
        Penso que ao fazer referência ao caderno, ele está fazendo menção a importância da escrita dês de a alfabetização e como  ela irá nos acompanhar por toda nossa vida.
        A letra fala que é importante sempre lembrarmos de cada fase pelas quais passamos e nesse caso a escrita é que se encarrega de registrar.
       Na fase infantil, o caderno não serve apenas para descrever as primeiras letrinhas, mas para desenhar e expressar a nossa criatividade.
        Mais tarde o caderno serve não apenas para registrar nossa vida escolar, mas também serve como confidente. Lembro-me de ter guardado até pouco tempo os meus primeiros caderninhos, os meus diários, minhas provinhas, cadernos de versos e desenhos. Eu tinha até um caderno cheio de poemas e nele havia cartas para a minha mãe e minhas professoras, Eliane e Isabel. Amava escrever poemas para elas dizendo o quanto eu gostava delas. Fazia desenhos e reescrevia as historinhas que elas contavam.
      Não posso esquecer do diário que eu tinha e nele contava segredos, mas por mais que eu o escondesse, minha mãe sempre achava e lia.



Exposição Fernando Pessoa. 
Centro Cultural dos correios ano de 2011.


        Hoje, aos 31 anos ainda tenho o caderno como companheiro. Gosto de escrever, tenho muito que aprender e acho que ainda terei muitas histórias para contar.     




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